Autor: Franciele Lima Diniz Data: 31/01/2017
ABDOMINOPLASTIA
É um procedimento cirúrgico que visa à correção da parede abdominal, seja por razões estéticas ou funcionais. Seu intuito é remover o excesso de gordura e de pele da região abdominal, e na maioria dos casos restaura os músculos abdominais enfraquecidos ou separados através de suturas, criando um perfil abdominal mais suave e tonificado.
A abdominoplastia é muito utilizada por mulheres que já tiveram mais de uma gestação – pois a parede abdominal sofre mudanças e a musculatura pode não voltar a ser como era antes; ou para amenizar o envelhecimento; por influências hormonais; hereditariedade; textura da pele e variações no peso. Para os homens, os principais motivos são acabar com gordura acumulada na porção inferior do abdômen; reconstituição do abdômen devido a traumas ou acidentes; eliminação de excesso de pele após grande perda de peso – muito comum em pós-cirurgias bariátricas.
De todas as áreas do corpo, a região da barriga é a que mais acumula gordura. Ter um abdômen liso e tonificado é algo que muitos se esforçam para ter através da prática de exercício físico e uma dieta balanceada para o controle de peso. No entanto, às vezes, exercício físico e controle de peso não são suficientes para que alcancemos nossos objetivos. Mesmo pessoas com peso corporal e proporção normais podem desenvolver um abdômen protruído, frouxo e flácido.
A recuperação da abdominoplastia acontece em aproximadamente 60 dias após a cirurgia, se não houver complicações. Ainda nos primeiros 15 dias, o paciente não conseguirá esticar o tronco, e ficará ligeiramente curvado para frente a fim de evitar a reabertura dos pontos. Deitará somente em posição de decúbito dorsal com pernas flexionadas em 90 graus. Durante o pós-operatório deve-se fazer uso da cinta modeladora a todo o tempo e retirá-la somente para o banho, ela pressionará a região abdominal, proporcionando maior conforto e facilitando os movimentos, evitando o acúmulo do seroma.
O retorno à prática de exercícios físicos deve acontecer cerca de 2 meses depois, através de exercícios muito leves e sempre acompanhados por um profissional educador físico.
Pré-Cirúrgico:
A drenagem linfática no pré-operatório tem como objetivo garantir uma melhor nutrição cicatricial e aumento imunológico do paciente. Ela vai preparar o tecido para o procedimento cirúrgico, e ele responderá melhor às sessões depois da cirurgia.
Pós-operatório:
É recomendado que se inicie as sessões de drenagem linfática já nas primeiras 24 horas após a cirurgia, sendo que as primeiras sessões são de toques leves a extremamente leves para não causar desconforto e dor. As manobras da drenagem linfática manual se fazem necessárias pelas agressões que ocorrem nos vasos e nervos devido ao ato cirúrgico. No mínimo, devem ser feitas dez sessões de drenagem linfática diariamente, diminuindo as demais para 3 vezes semanais. Aparelhos como o ultrassom e Manthus são auxiliares ao processo manual.
Alguns benefícios da drenagem linfática no pós-operatório:
• Aumento da absorção de líquidos,
• Diminuição do edema,
• Melhora a hidratação e nutrição celular,
• Restituição da aderência da pele às camadas profundas,
• Cicatrização mais rápida,
• Melhor absorção dos hematomas,
• Ativação do sistema imunológico,
• Melhor regeneração dos tecidos,
• Maior favorecimento da oxigenação dos tecidos, estimulando a produção de colágeno e acelerando a cicatrização dos pontos,
• Relaxamento do paciente, aliviando as dores dessa etapa, visto que muitas vezes é necessário que o paciente repouse em uma única posição no pós-operatório, o que leva a contraturas musculares dolorosas.
Franciele Lima Diniz
Fisioterapeuta Clínica Ativa
Crefito 222174-F